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O termo “big data” pode até ser considerado novo no âmbito do marketing. Só pra contextualizar, se você não está muito familiarizado: ele remete à capacidade de armazenar e analisar fontes de dados, que se caracterizam por seu IMENSO volume, velocidade e variedade, basicamente. Porém com TANTA informação e tantos dados à nossa disposição, como podemos utilizá-la estrategicamente dentro do marketing? É sobre isso que vou falar hoje.

Muitas empresas hoje em dia valem mais pelos dados que possuem do que pelos produtos ou serviços que oferecem. Temos que ter esse pensamento sempre por perto e tratar os dados de forma cuidadosa. Precisamos, isso sim, tratá-los como organismos vivos.

Como usar as informações do big data a favor da minha empresa ou do meu cliente?

Os dados são perenes e não adianta nada ter uma infinidade de dados que não serão usados. Eles seguem a velocidade do mundo de hoje. Por isso é melhor ter uma quantidade menor de dados bem atualizados e bem aproveitados, do que uma infinidade de informações desatualizadas e sem relevância para sua empresa.

Aqui também podemos levar em consideração as empresas “sérias” que fazem o enriquecimento de bases. E eu gosto de frisar a parte “sérias”, pois existem milhares de empresas que dizem que prestam esse serviço, mas a que custo? Com que qualidade? Você quer mesmo associar o seu nome e o nome da sua empresa com alguém que não respeita os acordos de uso das informações que elas fornecem? Será que vale a pena uma bala de canhão para atingir uma mosca?

Até mesmo para começar a coletar informações para formar um big data na sua empresa, é importante saber o que você quer, qual a estratégia por trás disso. E deixar as regras bem claras com os seu clientes, leads, prospects e, por que não, com os seus parceiros? O combinado nunca é caro e, se você respeitar o combinado, aposto que os seus clientes serão mais fiéis e engajados. Afinal isso está diretamente ligado ao respeito mútuo.

A grande mudança que aconteceu com o marketing nos últimos anos foi exatamente a quantidade de dados que temos à nossa disposição. O maior problema é saber o que fazer com esses dados.

Tudo se inicia, ou deveria se inciar, com a definição de objetivos e KPIs. Costumamos falar que, se não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho serve. O bom profissional de marketing não inicia nada antes de um bom planejamento, ele precisa saber que estrada tomar e como o sucesso dele (da ação dele) será visto. Entendendo os caminhos, você entende quase automaticamente que dados são importantes para a estratégia.

Sabendo o que é considerado sucesso, a equipe de marketing, ou o growth hacker, precisa incluir esses pontos desde o início. Pois, apesar de termos à nossa disposição uma quantidade quase infindável de dados, se queremos entendê-los temos que nos preparar para receber esses dados de uma forma tabulável.

Muitas dessas informações, se não forem previstas no início dos trabalhos, não poderão ser recuperadas posteriormente. Estratégia é tudo.

Saiba o que é relevante e necessário

É extremamente importante dizer também que o excesso de dados é um dos maiores problemas de hoje em dia. É muito comum ver relatório gigantescos com informações incríveis (porém inúteis) para a melhoria de um processo de decisão. Por isso não podemos nos empolgar por todos os dados. O grande diferencial, e o que vai se sobressair na sua estratégia, é focar-se nos dados que trarão benefícios e evolução.

Outro ponto importante: além da qualidade – não a quantidade! – é a periodicidade. Devemos ter em mente que os mesmos dados que podemos ter, nossos concorrentes também podem ter. Por isso se o dado que estamos estudando, seguindo, for essencial para uma guinada de direção, temos que fazê-lo no melhor momento possível (de maior impacto positivo) e não esperar a reunião formal de apresentação de resultados

O growth hacker, que falamos neste texto aqui, sempre precisa ter uma visão desde o momento zero e ele tem o papel de visualizar o todo, registrando e reportando todo o processo para que ele possa ser replicado, sempre que deu certo, e evitado, sempre que deu errado. Afinal, o mundo digital permite que façamos estudos e testes a fim de minimizar os erros, utilizando uma realidade controlada.

Sabendo onde se quer chegar, construindo a sua estrada… É importante ler o mapa e as repostas dos indicadores e KPIs constantemente, e com isso ajustar as rotas. Mesmo que você note que algo foi planejado errado, o importante é fazer uso de todas as informações possíveis. Se você for pró ativo e apontar o erro e a solução, você será reconhecido – e os erros e ajustes também fazem parte de um planejamento real.

Cristóvão Wanderley

 

 

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