A Inteligência Artificial está cada vez mais presente nas nossas vidas em um processo de evolução natural, quase imperceptível. Desde a tecnologia dos nossos smartphones, passando pela mobilidade por meio de veículos autônomos até as soluções para surpreender, encantar e oferecer as melhores experiências para os usuários. Quando percebemos, já estamos fascinados pela praticidade que ela pode oferecer no nosso dia a dia.
No mercado de comunicação, isso não é diferente. Os resultados do “Panorama de Marketing 2023”, publicados pelo RD Station, mostram que 59% dos profissionais de marketing já usam o ChatGPT em sua rotina. A ferramenta tornou-se parte do cotidiano e é tão usada quanto Gerenciadores de Anúncios ou ferramentas para Gerenciamento de Projetos. Um grande avanço em um curto espaço de tempo.
Porém, o ChatGPT é apenas um exemplo de Inteligência Artificial Generativa. GitHub Copilot, Stable Diffusion, Midjourney, Vidnami e muitos outros conseguem traduzir o que temos em nossa imaginação ao desenhar, escrever ou criar algo a partir de um direcionamento claro e bem construído. Essa praticidade pode nos fazer ganhar tempo em tarefas mais simples, operacionais ou burocráticas, mas também exige outras habilidades.
Vale lembrar que as soluções com base nessas plataformas são apenas ferramentas. Para funcionar, elas precisam receber o comando certo para chegarmos à resposta que estamos procurando. E ainda há a questão da veracidade dos fatos trazidos, que são “pinçados” de diversas fontes na internet. Nesse caso, é imprescindível contar com uma série de dados levantados e analisados para que a equipe de comunicação entenda o que é preciso para fazer a diferença.
Essa percepção e visão mais analíticas representam o que a McKinsey, no artigo “The economic potential of generative AI: The next productivity frontier”, definiu como a “próxima onda de produtividade”. É uma maneira ágil e escalável de pesquisar, organizar as ideias, tirar insights e encontrar diferentes fontes de informação para construir algo.
O auxílio da tecnologia, quando se está no início da concepção de uma estratégia ou iniciativa de comunicação, pode dar mais agilidade e praticidade ao processo criativo. Mas, por mais que essa ajuda funcione, só o que a ferramenta entrega não serve como base para criar conteúdo de qualidade.
Ainda não inventaram uma solução que consiga elaborar textos, vídeos e imagens com uma linguagem fluida e autêntica e com a segurança de que nenhum tipo de deslize ético ou plágio está sendo cometido. E no mercado de comunicação, a atenção a esses pontos é essencial para qualquer um. É o primeiro passo para quem está começando a trilhar o caminho da escrita.
Só que a Inteligência Artificial é muito mais do que isso. A tecnologia pode estar presente em processos como monitoramento de canais de comunicação, análise de dados, criação, controle e gerenciamento de redes sociais, atendimento ao cliente e muito mais. Não faltam áreas que possam ser otimizadas com o apoio da tecnologia, desde que ela seja usada com consciência.
Ainda segundo a McKinsey, cerca de 75% do valor que a IA Generativa poderia oferecer se enquadram em quatro áreas de atuação: experiência do cliente, marketing e vendas, engenharia de software, pesquisa e desenvolvimento. Dados do instituto também revelaram que a IA Generativa atual e outras tecnologias têm o potencial de automatizar atividades que hoje absorvem de 60% a 70% do tempo dos colaboradores.
O potencial é gigantesco, mas, como a gente já disse, isso só aumenta a responsabilidade sobre o uso da plataforma.
Por isso, é importante que os profissionais de comunicação sejam estratégicos, analíticos e criativos ao mesmo tempo, além de estar sempre acompanhando as tendências do mercado. Ao conectar todas essas características, fica muito mais fácil entregar um conteúdo autêntico e personalizado, de acordo com a linguagem de cada cliente.