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O país passa por uma das crises mais sérias já vividas. Fui demitida quando ela ainda era apenas uma previsão, no final de 2013, e há os que digam que ela ainda não atingiu seu ápice. O fato é que dia após dia fico sabendo de amigos que perderam o emprego, situação que dificilmente não nos faz enfrentar os 3 “ãos”: frustração, traição e humilhação.

Encarar a avalanche de emoções que uma demissão promove não é uma experiência agradável. Inevitavelmente a gente se pergunta alguns “porquês”, tenta encontrar a lógica da escolha pelo nosso nome, sente raiva, mágoa e em algum momento culpa pela situação. Acredito seriamente que é preciso viver esse luto, mas assim que a dor melhora, há de se arregaçar as mangas e começar a batalhar.

Os especialistas indicam que você deve informar que está à disposição do mercado. Você pode deixar isso claro no LinkedIn, rede social focada em relacionamentos profissionais. E nem pense em anexar seu curriculum em um email e disparar para todos os seus amigos. Dificilmente terá sucesso nessa empreitada, guarde seus contatos para uma ação mais eficiente.

Em média, 70% das recolocações são feitas através de networking. Isso significa que se você estiver passando por essa fase precisará muito trabalhar suas conexões. Analise sua rede de contatos e tente listar os que são influenciadores e acessíveis, pessoas para quem você pode ligar e pedir ajuda. Mas descarte desde já pedir emprego, isso desconforta as pessoas. Monte uma apresentação, listando seus pontos mais fortes, suas características que podem ser de maior valor às empresas, as áreas em que gostaria de atuar e as empresas em que gostaria de trabalhar.

Convide suas melhores conexões para um café e mostre o que construiu, peça uma avaliação, pergunte se esse seu contato consegue reconhecer em você os pontos fortes que listou, conte os seus planos. Além de ter a colaboração de um profissional que você valoriza, ainda deixará com ele informações sobre o que quer e o que tem a oferecer. Certamente ele se lembrará de você em uma oportunidade ou em uma conversa em que alguém comente que precisa de um profissional como você. Muitas vagas são preenchidas antes mesmo de ser publicadas. Outras são criadas ao entender que o “candidato” pode ser de grande valor para o time. Quanto mais papos com influenciadores, maiores as suas chances. Seja incansável e tenha metas.

Seu curriculum obviamente deve estar atualizado. Não se esqueça de colocar as suas realizações e melhores resultados nas empresas em que passou. Cadastre-se nas plataformas de emprego, não só as nacionais como algumas internacionais, como a Glassdoor e Indeed, caso tenha uma carreira executiva.

Voltando ao LinkedIn, atualize seu perfil (veja dicas nesse link www.linkedin.com/pulse/5-dicas-para-explorar-melhor-seu-perfil-linkedin-fernanda-nascimento), cadastre o perfil de interesse para empregos para que http://dailycialisuse.com/ receba as vagas divulgadas. E observe sempre se é informado no anúncio quem o postou. Você pode encontrar uma conexão em comum e pedir uma indicação ou que seja apresentado ao dono da vaga, permitindo que conte a ele sobre você e comente seu interesse e suas habilidades para aquela posição. Ah! E, claro, não desconsidere a possibilidade de empreender, mas prepare-se para isso.

Se já se sente preparado, mãos à obra. Comece a pensar na estratégia de como ter um bom desempenho na entrevista. E não desanime se tudo não acontecer rapidamente, porque a média de tempo para a recolocação atualmente gira entre 8 e 15 meses.

Eu desejo a você toda a sorte do mundo. Mas desejo ainda mais que consiga entender o momento como uma oportunidade de rever seus valores, de entender a lição que a vida lhe trouxe e de renovar sua forma de viver. Para mim, o processo foi duro, mas de grande valia. Posso garantir que depois de tudo posso não ter o mesmo pacote de benefícios, mas sou muito mais realizada.

Publicado originalmente em www.projetomaisamigas.cm.br