*por Gabriela Szprinc
Oi, tudo bem? Se você parou para ler o meu artigo é porque se interessou no título, então gostaria de convidá-los para uma breve reflexão do que sua marca e seu propósito dizem sobre você e a sua empresa.
Sendo um empreendedor ou um funcionário CLT, essa pergunta é igualmente importante, pois mesmo você não sendo dono da empresa, você a representa quando está “vestindo a camisa” dela todos os dias quando vai trabalhar. Já pensou se você vende algo que é totalmente contra como indivíduo? Por exemplo: eu nunca poderia trabalhar em uma empresa que produz armas ou cigarro, pois na minha proposta de valor como marca individual, não há espaço para essas propostas. Então por mais tentadora que possa ser uma oferta de emprego nessas industrias, para mim não funciona.
Com as empresas funciona do mesmo jeito. Ou deveria funcionar. É verdade que por muitos anos a maior parte das empresas focava basicamente no seu P&L, EBITDA, ou qualquer outro nome bonito para lucro líquido no bolso do acionista.
Mas a sociedade vem mudando rapidamente e exigindo que as marcas mudem o seu posicionamento e seu propósito. Uma empresa que vende refrigerante hoje tem que entregar muito mais do que o simples líquido borbulhante e docinho dentro de um recipiente. Tem que entregar a experiência, a logística, como se relaciona com a sociedade, a experiência desde a compra até o gole que vai gerar a sensação de prazer no consumidor.
Para essas e todas as outras empresas não basta mais que seu produto seja bom. É claro que no fim do dia, a equação tem que ser positiva no final e os acionistas saírem felizes, mas há pouco tempo atrás, isso poderia requerer um preço caro, pago unicamente pelo consumidor. As marcas não tinham muita preocupação com fidelização e os consumidores não tinham voz. Bem-vindos às mudanças do século 21.
De acordo com uma pesquisa do Customer Service Benchmark Report SuperOffice AS 2017, 60% dos clientes pagariam por uma melhor experiência com as marcas.
Esse dado é muito poderoso quando paramos para pensar nas nossas estratégias de longo prazo, pois podemos parar, pensar e investir um pouco mais no nosso produto/serviço, desde que o valor agregado seja realmente percebido pelo consumidor.
Dado isso, o que você pode fazer para gerar mais propósito para a sua marca? Podemos começar com reflexões simples: o produto ou serviço que entrego está de acordo com meus valores? Eu usaria? A experiência que proporciono é a melhor possível para o meu consumidor? O que estou fazendo causa algum prejuízo a sociedade? Consigo aliar qualidade e intangíveis importantes à minha marca como respeito ao meio ambiente ou respeito às relações de trabalho, entre outros?
Se sua resposta for positiva a todas as perguntas, está indo pelo caminho certo. Se não for, é a oportunidade para refletir no que você pode mudar para estar mais alinhado com o seu propósito e certamente quando chegar lá, ganhará não só mais clientes, mas um propósito bem mais divertido!
(*) Gabriela Szprinc é Head de PMEs do PayPal Brasil